SOBRE NOVOS RÓTULOS

O novo rótulo não importa. Importante é o conceito
O mundo está ficando mais complexo e também mais divertido
Pedro Marcos Roma de Castro
O mundo da sexualidade masculina foi invadido por mais uma categoria de comportamento, justo onde antes havia a falsa e aparente tranquilidade de que apenas três instâncias hetero, bi e homo seriam suficientes para marcar toda a diversidade comportamental dos homens cis.

O incrível é que muitas pessoas se chocam não pelo conceito e/ou pelo ato/comportamento em si, mas ficam indignadas, pelo simples fato de um grupo abrir espaço para mais um componente dentro da sexualidade.

Como assim? Que loucura é essa! Não existe uma quarta dimensão, isso é apenas um grupo que não quer para si, o rótulo gay. Mas o fato é que existe sim (sempre existiu!) acontecia apenas que eles não tinham um nome para chamar de seu, ou seja, não tinham direito a uma identidade.

As pessoas esquecem que os atuais rótulos consagrados, hetero, bi e homo, um dia também não existiram, alguém os criou. Por exemplo, o termo homossexual foi criado por Karl-Maria Kertbeny, em 1869 – possui 146 anos de existência, muito pouco tempo, tomando-se a perspectiva da história da humanidade.

Da mesma forma, antes de Karl-Maria o comportamento homossexual não existia? Claro que sim, ele existia, apenas faltava o conceito. A mesma perspectiva histórica acontece hoje com o termo g0y que causa tamanha estranheza a tantos. (CONTINUA...)

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